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Tudo Sobre o Tucunaré!

"O tucunaré guarda tantos segredos, que apesar de todos os dias aprendermos alguma coisa nova com ele, ele sempre terá algo a mais para poder nos mostrar e ensinar, daí o fascínio que exerce no pescador esportivo de iscas artificiais."

Por que o Tucunaré?

 

TUCUNARÉ 
Imagens e Fonte Pesca Lab https://pescalab.com.br/

O Tucunaré revolucionou o mercado da pesca brasileiro, e expandiu hábitos de pesca outrora considerados elitizados, para as populações ribeirinhas os confins do país, impulsionando o uso das iscas artificiais, varas, carretilhas e motores elétricos nos mais remotos rincões, dinamizando a pesca, e abrindo novos caminhos para o desenvolvimento, evolução e popularização da pesca esportiva com iscas artificiais no Brasil.

 

Se apaixonar por suas acrobacias, malabarismos, explosões e ataques não é difícil... O tucunaré encanta a todos com as suas cores vivas, movimentos rápidos, investidas violentas e arrancadas brutais. A sua astúcia e brutalidade nos colocam à prova, a cada minuto, a cada arremesso, a cada rebojo, e em cada explosão inesperada, o coração bate forte, a emoção domina a mente, e o corpo treme como se fosse a primeira vez!

 

Na sua primeira arrancada, a força é tanta, que o coração parece querer sair de dentro para fora do corpo, e a única certeza que temos é que o nosso oponente irá valorizar muito a nossa memorável batalha.... e torná-la inesquecível! É essa paixão que faz milhares de pescadores se deslocarem milhares de quilômetros a fim de deparar com suas peripécias e buscar cada vez mais seus ataques violentos e explosões maravilhosas e apaixonantes...

Etimologia

Tucunaré, do Tupi "tucun" (árvore) e "aré" (amigo), ou seja, "amigo da árvore", Cichla spp., é uma espécie de peixe presente nos rios da América do Sul, em especial do Brasil, também conhecida como tucunaré-açu, tucunaré-paca, tucunaré-pinima, tucunaré-pitanga, tucunaré vermelho ou tucunaré-pretinho. 

Biologia 

Os tucunarés são peixes que vivem solitários ou aos pares, principalmente os indivíduos adultos. Indivíduos jovens e sub-adultos, em alguns casos menos comuns até os adultos, formam cardumes muitas vezes numerosos. Estes agregados geralmente são cardumes de caça, ocasião na qual "varrem" as margens à procura de presas tais como peixes e crustáceos, sendo muito fácil a sua detecção. Todas as espécies formam cardumes, tais como o tucunaré-amarelo (Cichla monoculus), tucunaré-borboleta (C. orinocensis) e tucunarés-paca (Cichla temensis). 

 

Os cardumes podem ser compostos por uma única espécie, ou então serem cardumes mistos. Podem ser encontrados cardumes mistos de 2, 3 e em alguns casos raros com até 4 espécies. Habitam as áreas marginais quentes e rasas de lagos e lagoas, praias de ilhas fluviais, mas também podem ser encontrados nos canais dos rios, principalmente no auge da estação seca. 

 

Frequentam ambientes que tenham matéria vegetal, viva e/ou morta, nas áreas marginais tais como arbustos, troncos e galhadas, assim como regiões com estruturas como pedras e rochas. Em certas ocasiões são encontrados nas praias fluviais, sem nenhuma estrutura que lhes dê proteção, abrigo ou esconderijo. Dependendo da época do ano e hora do dia, os tucunarés podem ficar no meio das lagoas, aparentemente fora do abrigo de estruturas. 

 

São peixes predadores carnívoros, com preferência pelo consumo de outros peixes, inclusive os de sua própria espécie. Mas também não dispensam crustáceos, tais como os camarões de água doce, os famosos pitus. Algumas espécies podem consumir mais de 50% da dieta à base de crustáceos e insetos, tais como Cichla intermedia. No que tange ao tamanho das presas, não hesitam em abocanhar itens com até 2/3 de seu comprimento total. Extremamente vorazes não desistem facilmente de capturar uma presa quando saem em seu encalço, ocasião que até abandonam a segurança da margem e saem para o meio do corpo de água, em uma perseguição implacável e espalhafatosa. Neste momento é possível assistir aos pequenos peixes pulando e nadando na superfície desesperadamente para tentar escapar dos vorazes tucunarés. 

 

Tem a capacidade de se reproduzir mais de uma vez por ano, mas a época de reprodução ocorre maciçamente no início do período de enchente. O casal põe uma desova adesiva em áreas rasas, sobre um tronco ou uma pedra submersa, e aguarda até a sua eclosão. São depositados entre 1.500 a 15.000 ovos, dependendo da espécie e do tamanho da fêmea. Após o surgimento das larvas, apanham-nas com a boca e depositam em pequenas depressões, escavadas em fundo de areia ou terra pelos pais, em área próxima da região da desova. Mudam constantemente os filhotes de lugar de uma depressão para outra. 

 

 

O casal monta guarda dos alevinos até estes atingirem um tamanho maior, com cerca de 2 a 6 cm dependendo da espécie, o que lhes garante maiores chances de sobrevivência. Nesta ocasião o cardume de peixinhos fica fervilhando na superfície tornando sua detecção fácil. Pescadores inescrupulosos aguardam este momento para fazer com que sua isca passe no meio dos filhotes, despertando assim a ira dos pais que a atacam impiedosamente para proteger a prole e acabam sendo fisgados. Um ato de pura covardia!! 

 

Demoram em média para crescer de 500g a 800g por ano na fase jovem, período no qual o crescimento é maior e mais rápido, quando existe abundância de alimentos. Atingem maturidade sexual por volta do 1° ao 2° ano de vida. Os machos crescem mais que as fêmeas. As maiores espécies, como C. temensis, pode passar da casa dos 15 quilos! 

Os tucunarés são peixes de médio porte com comprimentos entre 30 centímetros e 1 metro. Todos apresentam como característica um ocelo redondo no pedúnculo caudal e são peixes ósseos.  

"Os tucunarés são sedentários e vivem em lagos, lagoas, rios e estuários, preferindo zonas de águas lentas ou paradas. Na época de reprodução formam casais que partilham a responsabilidade de proteger o ninho, ovos e juvenis. São peixes diurnos que se alimentam de qualquer coisa pequena que se movimenta e outros peixes e até pequenos crustáceos. Ao contrário da maioria dos peixes da Amazônia, os tucunarés  perseguem a presa até conseguir o sucesso.

O tucunaré é um peixe popular em pesca esportiva. "

TUCUNARÉ AZUL

O tucunaré azul é originário da bacia do Araguaia/Tocantins e tem o dorso azulado, corpo acinzentado ou azul/acinzentado, cinco ou seis listras verticais bem definidas e atinge até 80 cm de comprimento e cerca de 7 kg de peso máximo. É um dos tucunarés que foram introduzidos nas represas de hidrelétricas na região sudeste/sul do Brasil com grande sucesso. 

TUCUNARÉ AMARELO

O tucunaré amarelo é também originário da região do Araguaia/Tocantins e possui variações de tons amarelados mais vivos chegando quase ao ouro e mais opacos, manchas escuras e/ou três listras verticais bem definidas no corpo e atinge mais que 50 cm de comprimento e cerca de 4 kg. de peso. É a espécie de tucunaré com maior adaptabilidade ao frio e está espalhado por todo o Brasil.

  • Tucunaré amarelo: Nativo das bacias amazônica e do Tocantins-Araguaia, mas é amplamente difundido no país. Tamanho Pode alcançar 40 cm e 3 kg. 

  • Tucunaré azul:  Nativo das bacias Tocantins/Araguaia, mas já é amplamente difundido no país. Tamanho: Pode alcançar 80 cm e 6 kg. 

Distribuição Geográfica

Espécies do gênero Cichla (tucunarés) são endêmicas (exclusivas) do continente Sul-Americano. Estão distribuídas naturalmente nas bacias dos rios Amazonas e Tocantins/Araguaia, no Brasil; Rio Orinoco, na Colômbia e Venezuela; Rio Essequibo, na Guiana e Rio Oyapoque, na Guiana Francesa e Brasil. 

Devido à importância como peixe predador carnívoro de topo de cadeia e na pesca esportiva, foi introduzido em outras regiões do Brasil, como em rios e açudes do nordeste, bacia do Rio São Francisco, bacias do Rio Paraguai, Rio Tietê, Rio Grande, Rio Paranaíba e Rio Paraná, além de outras. No exterior foi introduzido em outros países como no Panamá, Costa Rica, Estados Unidos e Indonésia. 

Você Sabia?

#curiosidades

O seu corpo é alto, e sua característica mais marcante, além do colorido vivo, é a existência de um ocelo na sua cauda - uma mancha redonda com um círculo interno, característico de alguns peixes da bacia amazônica. Esse ocelo, que dá a impressão de ser um outro olho do peixe, serve para confundir e afugentar os seus predadores.

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